O PAPEL DA ODONTOLOGIA DURANTE TRATAMENTO ONCOLÓGICO

Estamos no Outubro Rosa, mês que enfatiza a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, incentivando o auto exame e cuidados com tal doença. Dentro dessa linha, vamos conhecer um pouco do papel da Odontologia no atendimento do paciente oncológico, de um modo geral.

Ao receber o diagnóstico, o paciente precisa se preocupar com diversas questões antes de iniciar a terapia antineoplásica (seja ela: quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea). A multidisciplinaridade da equipe que o acompanha, é um dos fatores que interfere de maneira direta e positiva na sua qualidade de vida.

Alterações bucais podem aparecer dependendo de alguns fatores como: tipo de droga, dosagem, esquema terapêutico e, principalmente, a resposta individual de cada paciente frente ao tratamento. A decisão do tipo de tratamento odontológico a ser realizado antes do tratamento antineoplásico se baseia na avaliação dentária e periodontal, tempo disponível antes de iniciar o tratamento oncológico e estado imunológico do paciente.

O objetivo é diagnosticar e tratar focos de infecção e desenvolver estratégias para prevenir complicações durante e após o tratamento radioterápico e/ou quimioterápico. Isto, porque modificações locais e/ou sistêmicas podem surgir após o início do tratamento oncológico, as quais levam a imunossupressão e, consequentemente, reagudização de quadros de infecção que se apresentavam como crônicos anteriormente.

Durante o tratamento oncológico, o paciente também pode apresentar feridas na boca, como a mucosite, candidíase, xerostomia (boca seca), disgeusia (alteração de paladar). Alguns deles podem ser prevenidos, atenuados ou tratados, de acordo com o que o cirurgião-dentista avaliar e definir.

Por esta razão, é impreterível consultar o dentista, previamente ao início do tratamento oncológico, e ter um acompanhamento odontológico para minimizar os efeitos colaterais sobre a mucosa bucal.