LÁBIO LEPORINO: Tudo o que você queria saber sobre

A fissura labiopalatina, popularmente conhecida como lábio leporino, é o defeito congênito mais comum entre as malformações que afetam a face do ser humano, atingindo em média 1 criança a cada 650. Ela pode ocorrer isoladamente ou associadas a outras malformações ou síndromes. A ocorrência da doença depende da interação entre fatores genéticos e ambientais.

Como ocorre?

A fissura resulta da falta de fusão dos processos faciais entre a 4ª e 8ª semana de gestação. Pode atingir diferentes estruturas, além de variar em forma e extensão. Pode ser uma fenda somente no lábio, atingindo ou não o nariz e a região dos dentes, acometer somente o palato (céu da boca) ou simultaneamente lábio e palato. Ela pode ser identificada por ultrassom, geralmente entre a 15ª e a 22ª semana de gestação. O diagnóstico pré-natal favorece o planejamento dos cuidados com o bebê e o aconselhamento e orientação dos pais.

 

Quais as consequências?

As principais implicações que as fissuras podem trazer ao indivíduo são dificuldade na alimentação, alterações na arcada dentária e na mordida, comprometimento do crescimento facial e do desenvolvimento da fala, acarretando em impactos sociais e emocionais.

 

O que fazer?

Após o nascimento, o foco principal é o cuidado nutricional, visando ganho de peso e um bom desenvolvimento global que favoreça condições para as primeiras cirurgias. As cirurgias primárias para a reparação do lábio (queiloplastia) e do palato (palatoplastia) acontecem normalmente aos 3 e 12 meses de vida, respectivamente. A medicina atua ainda na correção das demais alterações, como as cirurgias nasais, funcionais ou estéticas após a definição do crescimento, entre os 16 e 18 anos.

 

Como é o tratamento?

O tratamento é um processo longo que envolve a atuação de equipe interdisciplinar. Inicia-se desde o nascimento, seguindo durante o período de crescimento e, dependendo do acometimento, até a fase adulta. As áreas de cirurgia plástica, odontologia e fonoaudiologia são consideradas o tripé do tratamento da fissura.

Todas as especialidades da odontologia se interagem para promover uma reabilitação adequada ao indivíduo, devolvendo-lhe a estética do sorriso e as funções mastigatórias tão necessárias para a boa qualidade de vida desde a primeira dentição até a fase adulta.

O tratamento da pessoa com fissura engloba aspectos funcionais, estéticos e emocionais. O objetivo é a inserção do indivíduo no contexto social, educacional e profissional. Para isso, não basta somente a atuação da equipe interdisciplinar. A participação da família no processo é fundamental para a qualidade de vida do paciente e para o sucesso da reabilitação.

 

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